Quando Mateus nasceu, de uma coisa eu tinha certeza: aquele bebê iria conseguir fazer tudo, em seu tempo (assim como Lucas!). E nós sempre oportunizamos situações em que ele tentasse superar os seus próprios limites. Era nosso primeiro filho, nós estávamos aprendendo, mas o nosso maior desejo era que aquele bebê fosse respeitado em todos os aspectos. E nunca abrimos mão disso.
E então, Mateus foi crescendo e se desenvolvendo. Até que começou a engatinhar e ele fez isso muito bem! Adorava! Ele se locomovia rapidamente e conseguia alcançar tudo o que desejava. E Mateus engatinhou bastante até começar a andar, com 1 ano e 2 meses. Para muitos, meu filho andou tarde. Para mim, ele andou no tempo certo: o tempo dele.
Agora vejam um texto que recebi hoje, já tinha algum conhecimento sobre isso desde Mateus e agora, com Lucas, a fisio sempre fez questão de mencionar da importância do engatinhar. Não dá para tirar a lagarta do casulo antes que ela crie asas, porque assim ela não vai conseguir ser borboleta e voar...
Deixe seu filho brincar no chão: engatinhar ajuda no desenvolvimento da motricidade, da fala e da escrita.
Estudo realizado na Inglaterra por especialistas em desenvolvimento infantil do Instituto de Psicologia Neurofisiológica de Chester concluiu que a maioria das crianças de hoje passa mais tempo em equipamentos tipo
cadeirinhas, carrinhos ou andadores e menos tempo no chão – impedindo a oportunidade de engatinhar, o que pode comprometer o seu regular desenvolvimento motor, com prejuízos inclusive para a fala e a escrita
futuras.
É importante que a criança fique no chão. Deitar de bruços ajuda a estimular a postura, o campo visual e o equilíbrio. Para Sally Goddard Blythe, que liderou o estudo, o uso excessivo de artigos modernos como assentos de carro e cadeiras especiais para bebês impedem a criança de brincar livremente com o corpo, obrigando-a a ficar na posição sentada de forma passiva, e não natural. Os andadores também não devem ser usados com exagero pelos pais.
O estudo examinou o desenvolvimento de dois grupos de 70 crianças com idade entre 8 e 10 anos. O primeiro grupo apresentava dificuldades de leitura e escrita e o segundo não apresentava problemas de aprendizado. Os resultados mostraram que as crianças com dificuldades haviam engatinhado menos e teriam começado a andar mais tarde que as do primeiro grupo. A autora afirma que apenas deixar de engatinhar não determina o futuro aprendizado da criança. A principal questão é descobrir o porquê de os bebês não terem engatinhado e descobrir se este motivo pode causar outros problemas de desenvolvimento.
Engatinhar representa um marco no desenvolvimento da criança e é um exercício motor importante, pois treina a coordenação visual para os movimentos que mais tarde a criança vai usar para ler e escrever, além de alinhar a coluna, preparando a criança para ficar em pé e andar.
Os resultados da pesquisa foram publicados no livro *What Babies and Children Really Need *(O que bebês e crianças realmente precisam).
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