sexta-feira, 17 de junho de 2016

Notícias de quem ainda vive! E muito!

É verdade. Mais uma vez eu fiquei muito tempo sem escrever... E isso estava me incomodando bastante. Mas, dessa vez não foi apenas a minha rotina frenética que provocou essa situação. Porque eu sinto os temas para trazer, percebo a necessidade em mim, tenho vontade de escrever, mas de repente travo! Mas, eu sei exatamente o que me deixou assim.

Ainda em 2015 fui reler algumas das histórias que publiquei aqui e me senti um pouco ridícula... Não tanto pela exposição, muito mais pela imaturidade de alguns dos meus textos... Fiquei envergonhada de mim, mas estava difícil expor isso aqui, publicamente.

Além disso, eu acabei por perceber que em muitas situações, fui vista (por pessoas próximas, infelizmente) como alguém “perfeito” (aliás, foi esse motivo que me fez reler cada texto meu). Nunca tive a pretensão de ser perfeita. Minha família não é perfeita. Nem queremos. Aliás, nem tentamos. Nós passamos por inúmeras situações cotidianas complicadas como qualquer outra família que busca um sentido bacana na vida, que quer pagar suas contas em dia, que tem que educar duas crianças pequenas, etc.

O resultado disso tudo foi que eu travei. Cheguei a pensar em nunca mais escrever aqui. Pensei nisso seriamente. Mas, era difícil lembrar que eu “conheci” algumas pessoas por causa do blog. Lembrei que quando eu comecei a escrever aqui, era apenas eu e minha avalanche de sentimentos. Nunca tive o objetivo de me promover, de aparecer, nada parecido. Entendo pouco ou quase nada de como desenvolver sites ou coisa parecida. O blog surgiu com a necessidade de me ajudar. Primeiro porque sou uma mente intensa.

Segundo, porque escrever ajuda a elaborar as minhas emoções e desenvolver um novo raciocínio. Por outro lado, ficar escondidinha também me faz bem. Porque eu não estava preparada para as situações que me ocorreram por estar, de alguma forma, em evidência (mesmo que em um grupo minúsculo!).
Só que saber que a minha escrita, o meu raciocínio e a minha forma de lidar com a maternidade auxiliam algumas pessoas me fez enxergar que eu não escrevo só para mim.
E eu recebi apoio de muitas mamães em minha jornada também! 

E alguns textos meus auxiliaram algumas mamães que não são do meu estado. E nos últimos meses de 2015 e no início de 2016, eu recebi algumas mensagens de novas mamães ainda fragilizadas com o diagnóstico. E elas, bem sutilmente, me deram um pouquinho de ar. Isso me fez querer voltar a escrever. A primeira linha é sempre é a mais difícil. Assuntos eu tenho de sobra! Preciso contar sobre a evolução de Lucas, sobre como ele está na escola, sobre o desenvolvimento cognitivo, sobre a fala, tantas coisas...

Mas, esse tempo foi muito bom para refletir em textos antigos. Como, por exemplo, quando eu mencionei consultas de Lucas com dr. Zan e falei um pouco sobre as restrições ao arroz e da não necessidade de suplementação do ferro. Escrevi, não expliquei e deixei montes de mães com medo! E sem resposta. Considero uma atitude irresponsável da minha parte, mas, ao longo desses quase cinco anos, aprendi algumas coisinhas... E peço desculpas por isso. Preciso me retratar com vocês. Por isso, já estou finalizando alguns textos falando um pouco da trajetória alimentar de Lucas e sobre as rotinas dele. Mas, atenção! São informações sobre Lucas e o que for bom para Lucas não necessariamente será bom para outra criança. Eles tem síndrome de Down, mas não são iguais, certo?!

É isso... Escrever me fortalece. Mesmo que ninguém leia. Como eu escrevi antes, a escrita me auxilia, e muito, a elaborar sentimentos, a raciocinar melhor, a respirar fundo. E, muitas vezes, quando alguém lê e gosta, e me fala sobre isso, eu entendo que de alguma forma, as minhas palavras foram interessantes e auxiliaram outras pessoas também.
Vamos em frente que 2016 está passando rápido demais e os meus filhotes já são dois rapazes!!!


Recalculando Rota*

A ideia de escrever esse texto surge de uma necessidade absurda de expressar a minha gratidão. Sim, esse é o sentimento mais marcante dessa...