sábado, 20 de agosto de 2011
Amamentação
Uma das coisas que nunca abri mão desde que me tornei mãe foi amamentar. Ainda na minha primeira gravidez, era um desejo muito forte que eu tinha.
E então, Mateus nasceu. Sabe aquele mundo lindo que pintam e que passa na televisão? Amamentar é muito mais lindo, mas MUITO difícil! A gente precisa realmente ter esse ideal. No início, convivi com mamilos machucados, dor, cansaço, peito empedrado, mas isso tudo durou pouco. Eu quis de verdade que Mateus fosse alimentado com o leite materno. E mesmo com todas as dificuldades, eu não desisti. E me sinto muito orgulhosa disso. Lembro de uma colega dizendo quando eu ainda estava grávida: "é a melhor coisa que você pode fazer pelo seu filho". E eu também acreditava muito nisso. Por isso, persisti.
Não foi fácil fisicamente, pior ainda a falta de incentivo que a gente recebe do tipo: "você não serve para isso, ele não consegue pegar o seu peito" (hahaha, essa é boa) ou até mesmo: "minha filha, vá descansar, eu dou a mamadeira para ele", e ainda: "essa criança não está engordando, o seu leite é fraco".
É verdade, ouvi muito disso. De pessoas muito próximas, inclusive. Mas, eu superei. A dor física não me fez desistir, porque essas más línguas fariam? Segui em frente com o meu objetivo de alimentar meu filho exclusivamente com leite materno durante o tempo em que eu estivesse de licença maternidade.
E foi assim, com muita insistência, dedicação e amor que Mateus foi alimentado durante 5 meses apenas com o leite materno e ainda mamou até completar 8 meses (e quando ele não quis mais, eu fiquei bastante saudosa).
Com Lucas não poderia ser diferente. Eu pensava que seria muito mais fácil quando estava grávida, mas por causa da hipotonia, meu pequeno tinha muita dificuldade em sugar... Meu leite quase secou, e Lucas estava perdendo peso, por isso, como já falei antes, Lucas precisou de leite artificial para recuperar o peso.
No início, fiquei bem triste... Ainda mais que eu terei 6 meses de licença maternidade, um presente. Mais uma vez eu insisti. E mesmo complementando com leite artificial, usava uma sonda durante as mamadas ao peito. Assim, ele estimulava a minha produção. Só dava a mamadeira quando estava sozinha (porque precisava de alguém para me ajudar com a sonda). E meu filho conseguiu! Recuperou o peso e com 2 meses, Lucas estava mamando somente no peito. Mais uma vez, me senti muito orgulhosa! Meu leite voltou com força total e meu filho começou a mamar bem.
O meu objetivo de amamentar ficou ainda mais forte com Lucas, por causa da hipotonia muscular, comum em indivíduos com a síndrome de Down. Eu sabia que mamando no peito, meu filho estaria trabalhando a musculatura orofacial o que vai colaborar muito na hora de falar, de se alimentar, etc. E estamos indo bem, Lucas não é aquele bebê gordão (Mateus também nunca foi). Mas, está ótimo!
Por causa de todas as dificuldades que citei no início desta postagem, sei como é fácil desistir, mas o que posso dizer, sobre a minha experiência com os meus dois filhos, é que realmente não há nada melhor do que amamentar. É uma experiência linda de amor, de renúncia, de dedicação que vale muito a pena viver. Só nós, mães mamíferas, podemos viver essa experiência. E, depois, o tempo passa tão rápido que logo os nossos filhos crescem e vão ficar independentes e nada melhor do que o amor e a segurança do peito da mãe para fazer isso acontecer!
Ah, li em um site uma frase que dizia mais ou menos assim: "Primeiro, mandam você dar a mamadeira, a papinha e que você o leve para a creche. E depois, dizem que você é insubstituível". Então, mamães, aproveitem o momento em que nós somos literalmente insubstituíveis!
E eu não posso nunca esquecer o meu maior incentivador: Marcelo, meu querido esposo e papai muito dedicado. Obrigada meu amor, por todo apoio, principalmente nas horas mais difíceis.
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Recalculando Rota*
A ideia de escrever esse texto surge de uma necessidade absurda de expressar a minha gratidão. Sim, esse é o sentimento mais marcante dessa...
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Características Físicas Há características presentes em algumas crianças com síndrome de Down que não influenciarão no seu desenvolvimento...
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Ontem foi o seu dia, filho. Seis anos da sua presença e energia em nossas vidas. Seis anos de uma nova vida para mim. Seis anos de aprendiz...
Oi Vaneska ..
ResponderExcluirTudo leva a crer que meu Léo é Down , no começo fiquei chateada , mais agora ja aceitei , confesso que estou meio perdida com tudo.
tenho muitos medos, por exemplo, ele não engorda , estou amamentando e dando o complemento, o Léo vai precisar fazer uma cirurgia no coração .
Gostaria de manter contato com vc .
Desde já agradeço
Olá Adriana, que bom que vc manteve contato!
ExcluirFique tranquila, muitas coisas ainda virão, o que importa é a saúde do seu pequeno, lute por isso! Seja mãe e deixe ele ser filho, depois a gente se preocupa com o resto. Aproveite o momento de vocês, ok?!
Anote meu e-mail e pode acionar sempre que precisar, no que eu puder, estarei disposta a te ajudar.
E-mail: vaneska.schmidt@gmail.com
Facebook: Vaneska Schmidt
Forte abraço e conte comigo! Estamos juntas nessa!