Esse é o terceiro ano em
que o dia 21 de março movimenta a minha vida de uma maneira sublime e
diferente! Movimenta e transforma!
Desde o ano passado,
quando Lucas já estava um pouco maior, que eu e as minhas amigas nos juntamos
para pensar e idealizar formas de divulgar esse dia tão importante para as
pessoas com síndrome de Down e suas famílias.
Um dia desses, eu li um
texto com o título “comemorar ou lamentar” que me fez refletir um pouco sobre o que eu penso, em como eu vivo.
Cheguei à conclusão que o dia 21 de março é dia para se comemorar sim, dia de
chamar a atenção, um dia marcado para mostrar a importância de incluir, de
respeitar, de conviver com a diferença. Como bem escreveu uma amiga, para nós, pais, todo dia é
dia dos nossos filhos, mas o dia 21 de março é o dia da síndrome
de Down para o mundo. Para ecoar ainda mais alto a nossa voz!
Bom, depois de me tornar
mãe, eu me transformei, aprendi muito mais
sobre mim mesma, comecei uma vida tão diferente de tudo que já havia vivido
antes. Mas, me tornar uma mãe "especial" mudou a minha vida. Mudou
meu caminho. É isso. Se já não era como antes, hoje eu me sinto ainda mais
diferente... Tive a oportunidade de enxergar a vida de outro ângulo. Sob novas
perspectivas.
E eu vivo
todas as belezas desse rumo inesperado de uma forma leve, tentando
conscientizar as pessoas que me cercam que sim, é diferente, mas “e daí... que
diferença faz?”. A rotina das terapias não é nada fácil, mas não precisa ser ruim, né?!
Então, agora vamos lá! Desde janeiro que eu e Débora começamos a pensar no que faríamos para comemorar o dia 21 de março. E em uma longa caminhada em direção ao Bonfim (isso mesmo, foi durante a lavagem do Bonfim que nós começamos a planejar!) a gente idealizou tantas coisas, imaginou tantos cenários, miramos as estrelas! Sim, foi isso mesmo. A gente sonha alto... Mas, "ser mais do mesmo o tempo todo não é tão legal?".
Depois da caminhada, de férias merecidas, convocamos o nosso grupo, um tal "G7", denominação criada carinhosamente por Sheila Araújo, terapeuta ocupacional de alguns dos filhos do grupo para simplificar nas conversas ao se referir a essas sete mães que se uniram em um momento tão oportuno. Tão diferentes e tão iguais ao mesmo tempo.
Enfim, caminhos escolhidos, objetivos definidos, fomos nós. E mobilizamos algumas ações que resultaram em trabalhos lindos, como a exposição de fotos com os jogadores dos dois maiores times (e rivais) da Bahia - a dupla BAVI. Enfrentamos algumas situações desconfortáveis, mas que serviram para nos unir e fortalecer ainda mais! Um papo sobre um movimento paralelo, que nem tinha sido idealizado ainda, fez com que a gente pensasse em como nos mobilizar e, dessa vez, sozinhas. Mas, não estávamos sozinhas. Porque estamos sempre juntas, uma colaborando com a outra, completando o pensamento, conversando, criando, vibrando, chorando, rindo, surtando juntas! E, me desculpem, mas afinidade é um presente divino para seguir em frente!
E foi assim que em um
papo com Marcelo, conversei sobre a música “Ser diferente é normal” e em como
seria interessante se o grupo Canela Fina gravasse a música com arranjos que só
eles poderiam criar. E ele me responde que se o grupo topar, seria um sucesso.
Pronto, me estimulou, já viu... Conversei primeiro com Kamile (guitarrista do
grupo) por mensagem em facebook, sem comunicar às meninas, esperando a resposta
e ela topou na hora (depois me confidenciou que também não tinha comunicado ao
grupo) e aí corremos para realizar o nosso projeto. O tempo foi tão corrido,
contatamos estúdio, e depois de muitas negativas, fomos acolhidos por Ruth
Buarque, assessora da Pracatum – podia ser melhor?! Nunca! Foi lindo de viver!
E mesmo depois de um dia de trabalho, passar aquelas seis horas à noite em um estúdio acompanhando
a gravação foi muito bacana! Sem falar, que depois de sair do estúdio, mais
de meia noite, corremos para levar o material para o editor! Cansadas, mas
eufóricas e felizes! A gente ainda não tinha nem noção do que viria pela
frente! Foi difícil dormir naqueles dias!
Bom, no total foram três
noites sem dormir, acompanhando a gravação e a edição do vídeo, mas fazia tempo
que eu não me sentia tão feliz em fazer um trabalho. Ah, gente, amor é tudo!
Contatos com emissoras
de televisão e um apoio magnífico da Rede Bahia nos fizeram ainda mais felizes!
Quem viu o videoclipe com certeza concorda que ficou maravilhoso! Música linda
com arranjos singulares, cantado por vozes maravilhosas, com imagens
emocionantes de nossas crianças, que estavam ali representando as pessoas com síndrome
de Down... Exibido em todas as edições dos jornais locais da Rede Bahia – foi
fantástico! A repercussão foi maravilhosa!
Para completar, no clássico BAxVI, os meninos entraram com os jogadores dos times e nós pudemos
ver no telão o nosso vídeo lindo sendo exibido na Arena Fonte Nova! Emoção
pura!
Até hoje ainda estou
aqui refletindo, pensando em nossos erros, em como fazer melhor, em como
garantir a participação de todos, pensando nas parcerias firmadas e nas outras
que estão por vir e de uma coisa eu tenho certeza: é só o começo! E isso está me realizando de uma forma tão boa, tão
feliz...
Visitando a exposição no
shopping, no último sábado, tive o prazer de encontrar três mamães lindas, com
seus filhos mais lindos ainda e tive a certeza de que conseguimos sim (mesmo
que algumas pessoas pensem que essa movimentação não é válida) alcançar o nosso
objetivo: eu vi, nos olhos delas, orgulho em desfilar com seus filhos, eu vi
nos olhos delas a satisfação por encontrar acolhimento e compreensão. Eu fiquei
feliz demais. Não poderia ser melhor!
Agora é hora de
agradecer! Agradecimentos mais do que especiais: ao Esporte Clube Vitória, ao
Esporte Clube Bahia, aos fotógrafos Betina Valente e Marcelo Tanajura, ao grupo Canela Fina (sou fã demais!), à Pracatum – PC e
Ruth, vocês foram perfeitos, a Fredshon, André Carvalho, Ivo Xavier, à Arena
Fonte Nova, à Sudesb, ao Shopping Barra, à Rede Bahia (incríveis!), à Ser Down,
Leonardo Sahade e, principalmente, às famílias que participaram diretamente
(mesmo os que não foram). Além deles, quero agradecer a minhas amigas maravilhosas que estão comigo em
qualquer parada e que fizeram isso tudo acontecer (“G7”) e, finalmente, àquelas
crianças lindas que abrilhantam as nossas vidas nos fazendo lembrar que “ser
diferente é normal!”
Além disso, ainda tivemos um momento muito bacana com Teca do site Pinguinho de Tinta! E ela fez uma homenagem muito linda no blog "Pinguinho de Tinta". Teca, você é show! Do nosso time, total!
As fotos ficarão expostas até o dia 04/04 no piso L4 do shopping Barra, está lindo demais! Pura emoção! E se ainda não assistiu ao clipe? Está lindo demais! Acesse aqui e se emocione com uma música linda gravada por um grupo maravilhoso (vou confessar: eu vibro mais nos shows do Canela Fina do que as crianças - ADORO).
E, porque nós somos sete e sete é um número cabalístico, abaixo o registro de um dia mágico para todas nós. Amo essas mulheres! Estar com vocês é sempre muito bom, vocês me completam! Amo todas!
Além disso, ainda tivemos um momento muito bacana com Teca do site Pinguinho de Tinta! E ela fez uma homenagem muito linda no blog "Pinguinho de Tinta". Teca, você é show! Do nosso time, total!
As fotos ficarão expostas até o dia 04/04 no piso L4 do shopping Barra, está lindo demais! Pura emoção! E se ainda não assistiu ao clipe? Está lindo demais! Acesse aqui e se emocione com uma música linda gravada por um grupo maravilhoso (vou confessar: eu vibro mais nos shows do Canela Fina do que as crianças - ADORO).
E, porque nós somos sete e sete é um número cabalístico, abaixo o registro de um dia mágico para todas nós. Amo essas mulheres! Estar com vocês é sempre muito bom, vocês me completam! Amo todas!
Linda a atitude, a ação, o desprendimento. Deus só dar filhos especiais a mães especiais. Parabens
ResponderExcluirVan,
ResponderExcluirAdorei o vídeo! Vi, de forma muito rápida, na TV Bahia e reconheci Lucas...Parabéns pela sua garra! Bjs, Tuca