É verdade, no ano passado eu não fazia ideia de que no dia 21 de março é comemorado o dia internacional da síndrome de Down... E ainda na maternidade, Marcelo me contou sobre essa data e me disse assim: agora essa data faz parte do nosso calendário de comemorações.
Pois é, mais uma vez me senti triste por ignorar uma realidade, mas de jeito nenhum me culpei, muito pelo contrário, tive vontade de gritar para o mundo que, pelo menos nesse dia, todos estariam olhando para essa turma, preocupados com a qualidade de vida deles e lutando também para que eles sejam vistos como realmente são: pessoas como todos nós, com todos os seus direitos e deveres... Porque aqui em casa, e em algumas outras, nós estaremos nessa busca diariamente.
Por outro lado, estou muito feliz com tudo o que descobri nos últimos meses, principalmente porque todas essas descobertas fizeram de mim uma pessoa infinitamente melhor...
Já disse antes: acima de tudo, sou mãe e minha dedicação aos meus filhos é em todos os momentos. Vivo a maternidade intensamente e imensamente feliz por tudo o que ela me oferece, mas principalmente pela oportunidade de ver essas duas pessoinhas crescerem, se desenvolverem, desafiarem, descobrirem... E participo de tudo isso de perto, ativamente, fazendo parte; sendo coadjuvante dessas histórias de vida. Sou muito feliz por ter meus filhos ao meu lado e por aprender esse amor que cresce a cada dia...
Mas, como eu ia dizendo, amanhã nós comemoraremos o dia internacional da síndrome de Down. E pela primeira vez a data é reconhecida pela ONU e será devidamente comemorada em Nova Iorque com uma participação ativa do Brasil, o que me deixa extremamente feliz e orgulhosa.
A data foi instituída em 2006 e escolhida em alusão aos três cromossomos 21 presentes nas pessoas com a síndrome.
Como vocês viram eu coloquei o título da postagem "Parte I" porque amanhã temos um dia cheio e depois eu vou voltar para contar como foi e o que aconteceu.
Há pouco li um e-mail que recebi e fiquei com muita vontade de colocá-lo aqui, porque ele resume o meu sentimento e é muito, muito sensível e verdadeiro. E viva o dia 21 de março!
Um dia para comemorar.
20/03/2012 por Jô Bibas
Era uma vez um menino. Ou uma menina, tanto faz. O que importa é que a criança nasceu diferente. De quem? Das outras. Como todas.
A mãe pegou o seu bebê, levou para casa, apresentou aos irmãozinhos, amamentou, agradou, educou. O filho exigia mais cuidados, ela sabia, mas o assento para portadores de necessidades especiais no ônibus ela não queria não, obrigada. Nem o olhar de compaixão das pessoas que ia encontrando, nem a escola especial, não senhor.
Passada a primeira e necessária fase de estimulação precoce, ela pegou seu filho pela mão e entrou na creche com todas as outras crianças, na escola com todas as outras crianças, no parque, no cinema, na vida com todas as outras crianças.
Ele cresceu, recebendo a atenção, as terapias, os limites, a educação e o amor que toda criança merece. E assim foram, ele e sua família, contagiando quem com eles convivia: "veja só, ele pode!". "Quem diria, ele consegue!", "Ele, com as outras crianças? Claro, por que não?". O menino (ou menina, tanto faz) é uma criança que o mundo finalmente está começando a perceber como realmente é: uma criança.
No dia 21 de março se comemora no mundo inteiro o Dia Internacional da Síndrome de Down, a partir de 2012 reconhecido pela ONU. Celebre reconhecendo que crianças, jovens e adultos com SD podem ter uma vida plena, com escolaridade, trabalho e lazer. Como todos nós.
Muito do que somos é resultado do que se espera de nós e das oportunidades que recebemos. Olhe de um novo jeito para pessoas com Síndrome de Down. Acredite. Permita. Inclua. De verdade.
(grifo meu)
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