A ideia de escrever esse texto surge de uma necessidade
absurda de expressar a minha gratidão. Sim, esse é o sentimento mais marcante
dessa jornada que teve início em meados do mês de maio (quando eu fiz a minha
entrevista com Leda).
Durante toda a minha vida, e das lembranças que eu
tenho, sempre me detive muito a observar os sentimentos e comportamentos alheios
e, na medida do possível, a cuidar e ajudar quem eu pudesse. Ajuda. Essa
palavra me envolve e me seduz. Eu, simplesmente, adoro ajudar.
Desse gosto que eu sinto em ajudar que, há muito tempo, eu vinha
namorando uma profissão: Coach (isso vem de uma vontade antiga de ser
psicóloga que ainda não se realizou). Não vou aqui explicar o que faz um coach.
O fato é que esse termo se tornou frequente em minhas timelines e também em
minha vida. Mas, eu via tudo de uma forma um tanto quanto banal, assim, como
vou dizer, fantasiosa. E eu tenho dificuldade com coisas fantasiosas. Apesar de
adorar representar, não sou muito chegada em show business, isso me trava total
e completamente, e era assim que o coaching estava se apresentando para mim!!!
Mas, eu sabia da existência de um curso. O curso de Coaching
Sistêmico. E eu não fazia ideia do que isso queria dizer. Mas, eu estava com os
olhos presos na pessoa que facilitava esse curso. Leda Regis. Eu “conheci” Leda
através da minha terapeuta, Olga, mas nunca a tinha encontrado, não fomos nunca
apresentadas, não tivemos oportunidade. Mas, essa mulher tinha uma marca forte
para mim. Primeiro que ela é psicóloga. Dentre vários outros atributos que me
atraíam de longe. Ela tem um curriculum que me brilha os olhos. Sabe como é uma
inspiração? Apois, resumindo, é isso: Leda me inspira, além de estar completamente
fora do padrão “show business”: meu número!
No início deste ano, eu sentia falta de algo. E isso começou
a me causar incômodos emocionais e físicos sérios. A cervical travava me
presenteando com enxaquecas surreais. Foi então que navegando na internet, eu descobri que
Leda ia iniciar uma turma de Coaching Sistêmico (uma não, duas). Perguntei para
a minha psicoterapeuta se ela achava que eu tinha perfil e ela me indicou para
Leda. Conversamos, por vídeo, e eu descobri que não poderia fazer o primeiro
módulo porque já tinha outro compromisso inadiável marcado para aquele final de
semana. E Leda me disse que se eu não fizesse aquele módulo, eu teria uma
pendência que tornaria mais difícil compreender a metodologia (sim, com certeza
seria impossível!).
Bom, aquilo me acabou. Até bloqueio articular na cervical eu
tive. E eu comecei um tratamento de microfisioterapia por causa dele. Mas,
mesmo com o tratamento, naquele primeiro momento, a dor não foi embora. E além
da dor, o nó na garganta, a angústia. Tudo isso me consumindo. Até o dia em que
Marcelo me perguntou se eu não poderia fazer o primeiro módulo em Fortaleza
(lembra que eu disse que eram duas turmas?!). Eu perguntei à Leda e ela disse
que seria possível sim. E eu me joguei! E, dessa vez deu certo. Na verdade, em
um primeiro momento, tive dificuldade de acreditar que aquilo estava
acontecendo. Só quando eu vi Marcelo comprando as minhas passagens e reservando
a minha hospedagem é que eu me dei conta. Velho, eu vou para Fortaleza.
Eu fui. Na primeira semana de julho eu embarquei
sozinha para Fortaleza para fazer algo meu.
Sozinha. Vcs leram isso? Gente, pergunta aí: o que é que esse texto tem a ver
com maternidade? Primeira coisa difícil na vida de mamãe aqui: deixar meus
filhos para cuidar de mim... Com tristeza, mas é verdade: para mim, não ERA
fácil. Ainda tinha o medo de voar de avião. Mas, eu fui! E foi fantástico!
Primeiro que quando eu cheguei lá, eu dormi pra caramba, praticamente
a tarde inteira, e eu precisava demais disso. Viajei numa quinta para o curso
que seria realizado na sexta e no sábado. Conheci Ledinha na quinta à noite e
naquele abraço, naquele acolhimento, eu tive a sensação de que já nos
conhecíamos... Ah, conheci Bob também! Bob também conduziu alguns momentos do
curso, relacionados à mentoria. Simplesmente sensacional. Uma alegria imensa
ter conhecido esse homem e por ter dividido tantas reflexões interessantes,
importantes em minha vida. Bob é presença plena e escuta mais do que ativa!
Na sexta, fomos juntos para o curso (ficamos no mesmo hotel) e chegando naquele
lugar, uma energia de paz e de amor me acolheu. Aos poucos, meus colegas foram
chegando. Foram dois dias de imersão total na multidimensionalidade humana e um
fim de semana de autoconhecimento intenso. Foi fantástico. Foi iluminado. Eu
lembro de Leda me perguntando no primeiro dia se eu sabia o que eu tinha ido
fazer em Fortaleza e na hora só me veio à mente responder que eu tinha ido
fazer o curso. Mas, ao final, veio claramente a certeza do que eu tinha ido
fazer em Fortaleza. Para além de conhecer aqueles cearenses hospitaleiros e
encantadores, eu fui para Fortaleza para me reencontrar. Para que nada me
incomodasse e nem me atrapalhasse. A conexão foi perfeita. Eu voltei para casa
exausta, mas numa plenitude incrível e transbordando em gratidão. Foi mágico.
No mesmo mês eu me juntei à minha turma em Salvador. No
início foi muito estranho me incluir naquele grupo. Um grupo com um perfil
muito diferente do grupo de Fortaleza, em que o meu vínculo foi muito forte.
Mas, com a experiência de Leda, fui incluída no grupo com muito carinho. Eu é
que precisei respirar um pouco no primeiro dia, seguindo o conselho de Bob. Mas,
nos módulos seguintes, eu estava em casa. Estava sim... Sinto o quanto são
importantes para mim e para a minha jornada.
Foram quatro encontros de muito aprendizado, muita comilança (regrada por um experiente "coach 5S"), de muitas
risadas, de muita conversa boa, de almoços divertidos e de muita, mas muita
reflexão e autoconhecimento na veia. Dividimos nossas dificuldades, desnudamos
nossos problemas. Foi muito gratificante.
Ao final do curso, vem a certeza do que eu quero fazer da
minha vida, e que se tornou muito mais forte depois que Lucas nasceu, quando a
minha célula de ajudar o outro se tornou mais forte e intensa. Agora,
certificada e partindo para a acreditação do ICF (Intenational Coach Federation),
uma nova jornada se apresenta. Eu sei que não vai ser fácil conciliar a minha
agenda, mas pretendo começar devagar, com andor. Fazendo o possível. O melhor
de tudo isso é que o nó na garganta desatou e a angústia acabou. Hoje entendo
um pouco mais e melhor quem eu sou e sigo em busca de um novo caminho, em conexão com o meu ser.
Aos meus colegas da turma de Fortaleza: minha gratidão,
recheada de saudades. Vocês foram incríveis!
Para Leda Regis e Bob Hirsch, meus professores, meu amor, meu respeito,
minha gratidão e minha amizade. Obrigada por tudo! Vocês me ensinaram e me
ajudaram a me redescobrir, a me reconectar.
E para Adriana, Carlos, Diana, Kátia, Liliana, Monica, Sandro e
Vagner, também a minha gratidão, a minha amizade, o meu respeito e o meu carinho. Foi
massa!
E, claro, todo meu amor por Marcelo que colou comigo, me apoiando e fazendo tudo acontecer. Sou muito, muito, muito grata... e te amo demais.
E, claro, todo meu amor por Marcelo que colou comigo, me apoiando e fazendo tudo acontecer. Sou muito, muito, muito grata... e te amo demais.
Ah, sim, claro... muita gratidão a Olga Marques, minha psicoterapeuta. Se não fosse você, possivelmente, nada disso tinha acontecido. Gratidão! Você me inspira!
* O título dessa postagem surgiu de um papo na turma, em
que Bob trouxe essa expressão de um aplicativo e com a qual eu me identifiquei
totalmente. Valeu, Bob!