sábado, 20 de julho de 2013

Dia do amigo - Parte II - O amigo do meu filho

Eu não poderia deixar passar esse dia sem contar uma história aqui. A história de Mateus e Dudu.

Mateus e Dudu estudam na mesma escola. E se conheceram no ano passado, em 2012, quando fizeram parte da mesma turminha. Lembro tanto na oficina maternagem, em homenagem ao dia das mães no ano passado, em que fomos saborear um temaki todos juntos. Naquele dia, Mateus tinha levado vários heróis para a escola. E levou para a temakeria também. Mas, não aceitou dividir com Dudu. Eu fiquei com uma dó danada olhando aqueles olhos graúdos querendo entrar na brincadeira e me intrometi, pedindo a Mateus que permitisse a participação de Dudu no jogo. Ele acabou deixando, mas relutou e argumentou algumas coisas contrárias do tipo "ele não é meu amigo".

Foi assim que eu conheci Eduardo. Mas, no retorno para o segundo semestre, alguma coisa aconteceu. E em pouco tempo, Mateus e Dudu estavam brincando juntos como verdadeiros melhores amigos. E Mateus adora o amigo dele. Já foi brincar na casa dele algumas vezes e sempre espera ansioso por novas oportunidades. Eles não estão mais na mesma turma este ano. Dudu é quase um ano mais velho que Mateus. Mas, isso não impediu que eles continuassem a brincadeira e a diversão. Aproveitam cada momento oportunizado.

O melhor de tudo é que nós, pais de Mateus e de Dudu, estamos empenhados em fazê-los felizes. E nós oportunizamos verdadeiramente esses momentos. Desde deixá-los brincando "5 minutinhos" após o fim da aula, de manhã até saídas nos fins de semana para cinema, seguidos de almoços em grupo.

Mateus e Dudu se gostam demais e é lindo de ver a cumplicidade, o carinho e o desejo de estarem juntos compartilhando as brincadeiras na maior alegria. Amizade é assim...



Dia do amigo - Parte I - Amizade Especial

A amizade é uma das mais comuns relações interpessoais que a maioria dos seres humanos tem na vida. Em caso de perda da amizade, sugere-se a reconciliação e o perdão. Carl Rogers diz que a amizade "é a aceitação de cada um como realmente ele é".

Gostei tanto da definição acima que decidi começar as minhas homenagens por ela. Sempre fui uma pessoa muito sociável, tranquila, apesar de muito reservada. Acho que posso dizer que sou um pouco divertida também (já fui bem mais!) e que, de alguma forma, tenho facilidade e gosto conhecer pessoas.

Sempre vivi rodeada de gente, cheia de amigas e amigos, em rodas de bate-papo, rodas de violão. Tinha amigos de todo o tipo: quietos, barulhentos, músicos, artistas, intelectuais, roqueiros, sertanejos e "axezeiros" , rubro-negros e tricolores. E vou falar uma coisa para vocês, eu sempre fiquei muito bem com cada um deles e até me arrisquei juntar as galeras, vez por outra.

Amigos do colégio, da faculdade, dos lugares por onde eu trabalhei, da família (sou cheia de primos!), vizinhos, amigos de farras, amigos de viagens, etc. Amigos com quem eu dividi tantos momentos, tantas alegrias e algumas tristezas. Amigos que me fazem com carinho recordar de tempos bons.

Lembro das amigas que fiz por pura afinidade e mantenho contato com elas, nem que seja apenas virtual! Aquelas por quem eu sinto um carinho tão grande, que mesmo de longe, sinto uma afeição enorme só de lembrar. Não seria legal citar nomes, mas não consigo esquecer dos momentos que eu vivi com Camila, que hoje mora no Canadá. Tenho crises de risos só de lembrar de nossos momentos. Lembro de nossas tardes assistindo filmes (eu dormia horrores no sofá da casa dela). Ô bicha inteligente. E linda, viu?! Amo demais, mesmo de longe. Sinto um carinho enorme pela família que ela construiu. E fico feliz por saber que das poucas vezes que nos encontramos, eu pude me sentir como se nada tivesse mudado. Porque, de fato, nada mudou. Lembro de Bianca também, lógico! Amiga cheia de empolgação e de carisma. Linda. Vizinha de prédio. Nos divertimos muito nas festas do condomínio. Dividimos tantas coisas... tantas descobertas. Adoro minha Bia. Claro que outras tanto passeiam por minhas lembranças, mas sei que essas duas representam momentos mágicos e distintos da minha adolescência.

Mas, aí o tempo vai passando e a gente vai mudando. Mudando de vida, mudando de rotina, mudando de lugar e os amigos também. Namorados, trabalho, família e assim, a gente começa a dispersar. Não foi diferente comigo. E aí, a gente vai conhecendo novas pessoas, cunhados, primos do namorado, amigos do namorado, namoradas dos amigos do namorado, etc. E um novo ciclo começa. E novas aventuras também!

O tempo passa ainda mais e nascem os filhos. Hoje, convivo demais com alguns amigos de Mateus e consequentemente, com as mães deles. E, além da afinidade por sermos mães de crianças que se gostam, algumas outras afinidades surgem e daí, novas amigas também. É assim com Kenia (a mãe de Antonio), com Sinara (a mãe de Sofia), Ila (a mãe de Miguel), Stella (a mãe do Dudu) e Gabi (a mãe de Clarinha). Engraçado isso. Mas, por óbvio que se a gente curte sentar e conversar é porque alguma afinidade existe aí.

E então, meu galego também me trouxe, além de surpresas e de um mundo especial, muitos presentes também. Lembro tanto do texto "Bem vindo à Holanda", que transcrevi certa vez aqui. Um trecho em especial, que diz assim: "E você irá encontrar um novo grupo de pessoas que nunca encontrou antes". E como isso é verdade em minha vida. Fico emocionada só de lembrar delas. Minhas amigas. Amigas mais do que especiais. A nossa afinidade transcende a alma. Nós sentimos igualmente tantas emoções. Com elas eu posso dividir sensações, angústias, vitórias, derrotas e tantas outros sentimentos, sabendo que elas sentem exatamente como eu sinto. Sim, nós somos mães especiais e somos amigas especiais também. 

Somos diferentes, cada uma com o seu particular. Tem gente agitada, conversadora, reservada, empolgada, tranquila, serena, barulhenta, calma, racional, impulsiva, manteiga derretida, resignada, conformada e inconformada. Todas lindas. Isso é indiscutível! E inquestionável! Tá bom, eu sei que sou suspeita. O fato é que eu me encontrei em um grupo que a questão especial do meu filho me fez conhecer. Somos unidas em busca de igualdade, de inclusão, de carinho e respeito. Estamos unidas para educar as pessoas a entenderem e respeitarem as diferenças. Estamos unidas em busca de melhor qualidade de vida para os nossos pequenos. Estamos juntas para segurar a mão uma da outra e para levantar quem por acaso tropeçar. E mais: nos divertimos muito juntas! Hoje, quero agradecer as minhas amigas especiais por terem invadido a minha vida, por terem me deixado invadir as suas vidas. E quero homenageá-las especialmente hoje, por esse dia mágico. Um feliz dia do amigo, minhas queridas: Cynara, Débora, Érica, Fernanda, Manuela e Roberta. Eu amo vocês verdadeiramente!






Recalculando Rota*

A ideia de escrever esse texto surge de uma necessidade absurda de expressar a minha gratidão. Sim, esse é o sentimento mais marcante dessa...