E nesse período, lembro quando li uma entrevista com uma garota chamada Amanda. Ela é moradora de Vitória da Conquista, cidade que fica a pouco mais de 500 km da capital baiana. Fiquei muito feliz com a entrevista e cheia de esperança, quando li que Amanda estava cursando a faculdade de Biologia. Aquele relato me encheu de energia e fé!
Pois então, hoje chegou o dia em que Amanda irá colar grau, vitoriosa, a lindona é a primeira pessoa com síndrome de Down a ser diplomada em um curso superior na Bahia. E hoje choveram mensagens no meu e-mail, de amigos que queriam que eu visse essa notícia linda! Eu já estava acompanhando, através da associação (Ser Down), mas fiquei muito emocionada com a lembrança de cada um deles e por saber que de alguma forma, eles lembram de mim e do meu Lucas quando lêem qualquer notícia relacionada à síndrome de Down, principalmente quando essas notícias trazem felicidade e esperança!
Agora, partilho com vocês uma das notícias que foi veiculada nesta semana, sobre a grande conquista de Amanda e de sua família linda! Parabéns Amanda, parabéns Alba e família por provarem ao mundo do que somos capazes! Recebam o meu forte abraço cheio de orgulho e felicidade!
Fonte: http://blogdomartins.com.br/educacao/22/05/2013/vitoria-da-conquista-e-a-primeira-vez-jovem-com-sindrome-de-down-a-concluir-curso-de-nivel-superior-na-bahia/
“Sonhar é preciso. É só acreditar que um dia o sonho se transforma em realidade”.
Este é um dos trechos da mensagem do convite de formatura de Amanda Amaral Lopes, de 24 anos, a primeira pessoa com Síndrome de Down da Bahia a concluir um curso de nível superior. Superando preconceitos e com o apoio da família, a jovem venceu mais uma etapa e colará grau na próxima quinta-feira, 23, em Vitória da Conquista.
E Amanda, que será diplomada em Biologia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências (FTC), já faz planos para o futuro. “O que quero é atuar na área de pesquisa científica, me especializar em genética”. Determinada e bastante focada na sua profissão, a jovem promete alçar voos mais altos: “Sonho em trabalhar com Zan Mustacchi”, revela, referindo-se a um dos médicos geneticistas mais reconhecidos no Brasil e que atende pacientes com down há mais de 30 anos.
Amanda não é a primeira pessoa com Síndrome de Down a concluir um curso de nível superior no país. No ano passado, o paulista João Vitor, de 26 anos, colou grau no curso de Licenciatura em Educação Física, em Curitiba, e em 2009 ele concluiu o bacharelado na mesma área. “Hoje, depois de tanta luta, podemos comemorar e deixar para trás muitos ‘nãos’ e, além de tudo, superamos o preconceito”, disse à época a mãe do jovem, a secretária Roseli Mancini.
Preconceito – Pessoas como Amanda e João Vitor ainda sofrem muitos preconceitos e enfrentam inúmeros obstáculos no processo de inclusão na sociedade. Na Bahia, a Serdown, associação que reúne pais de pessoas com down, trabalha justamente no sentido de promover meios que facilitem o desenvolvimento destas pessoas para a sua inclusão na sociedade.
Pai da garota Júlia, de 8 anos, que tem down, o auditor José Raimundo Mota, um dos diretores da associação, salienta que a sociedade não pode mais enxergar a Síndrome de Down como uma doença. “O preconceito é histórico. As pessoas com down devem ser vistas como outras tantas que se vê nas ruas, nos shoppings, nos parques”.
A filha de Mota, por exemplo, pratica atividades típicas de uma garota da idade dela. Faz capoeira, natação, balé, além de estudar em uma escola tradicional de Salvador. “Tudo isso possibilitou que as pessoas entendessem que ela é uma criança capaz como as outras. Também não abrimos mão da educação em escola regular”, conta.
Amanda, a futura bióloga, que também já sofreu e ainda sofre preconceitos, diz que o importante é nunca desistir de seus objetivos. “Se você ouvir um não, deve sempre seguir em frente”. É sinal de que outras brilhantes conquistas ainda estão por vir.